BLOG FECHADO

03
Jun 09

Hoje a manhã floresceu fria. Quando acordei, o Cláudio e a Lília ainda estavam a dormir. Liguei o esquentador da água, um cheiro leve a gás invadiu a cozinha e beijou os azulejos. Fui tomar banho, coisa que estava mortinha por fazer desde a noite de ontem, mas que ainda não tinha tido oportunidade. A água escaldou-me a pele, molhou-me os cabelos e humedeceu-me os lábios. Saí do chuveiro, aventurei-me no nevoeiro causado pela água quente que até aí me corria pelas costas. Vesti-me. Ouvi o Cláudio a restolhar nos lençóis e a falar com a Lília. Eu queria sair de casa antes que eles decidissem levantar-se. Entretanto, chegou o João para ir comigo para a paragem. O Tomás já nos esperava, o cabelo na habitual organizada confusão. Beijei-lhe a face pálida e ele sorriu.

«Bom dia, alegria! Que porcaria de dia!»

«Estás um poeta, Tomás.»

«Bah, faz-se por isso.»

O João parecia ter adormecido contra a parede caiada de branco. Abanei-o levemente e ele estremeceu. A Ariel juntou-se-nos pouco depois, com os cabelos ruivos apanhados na nuca. Começámos a falar de coisas que não tinham sentido nenhum. Acabámos por perder o autocarro, como consequência. Então, pregámos o tiro à escola e fomos para casa da Ariel dormir e beber leite quente, porque a manhã tinha florescido fria.

 

 

 

Até um próximo post,

Joana F.

publicado por Katerina K. às 14:37

Uma descrição muito viva, muito realista!
Sente-se a madrugada, sente-se o arrepio, a divida de sono, sente-se o clima.
Um tiro bem dado!

Até um próximo post

E eis a minh Joana no activo outra vez!!!

Eu perco-me por aqui

Bjs e Bom Fim de Semana
Subjectividades a 5 de Junho de 2009 às 14:01

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